sábado, 9 de setembro de 2017

SOBRE VAZANTES



FOTOGRAFIA: ASSIS DE MELLO



o movimento caudaloso do rio;
roda dentada do desejo;
anoiteçe e adentra a terra

a metáfora passa a língua
no pescoço que esquiva;
dedilhante e obsceno.

mimese líquida
na sombra do salgueiro;
demoras e
uma vastidão de urgências.

na emboscada,
farpas de medo e redenção; 

um ímpeto na algibeira: 

nos olhos da seca,
labaredas estrilam
um desejo sonâmbulo 
e o espanto: tudo é sangue.

E se fosse atrito ou tempestade?
se fosse concha?
Resvalaria? (Lamberia que nem cachorro do mato?)








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